À espera de um milagre, Contar e Pollon ignoram portas abertas em partido menor

InvestigaMS/Wendell Reis


Dois pré-candidatos da ala mais bolsonarista para cargos majoritários no próximo ano, Capitão Contar (PRTB) e Marcos Pollon (PL), estão aguardando uma oportunidade em partidos maiores para terem mais chances de disputa no próximo ano.

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De olho em melhores oportunidades, a dupla não levou adiante a conversa com o Partido Novo em Mato Grosso do Sul, que lhes convidou para concorrer ao Governo do Estado ou Senado pelo partido. 

“As conversas com Pollon e o Contar não avançaram. Estão na mesma situação de antes, mas nossas candidaturas no partido têm avançado, com mais postulantes a vagas de deputado estadual e federal', respondeu o presidente do Novo em Mato Grosso do Sul, Guto Scarpanti.

Pollon e Contar tentam caminho difícil para terem mais chance de vitória. Filiado ao PL, Pollon tenta o que hoje parece impossível: convencer o partido a desfazer acordo com Reinaldo Azambuja (PL) e romper com Eduardo Riedel (PP) para garantir sua eleição.

Reinaldo já deixou claro que foi para o PL com garantia de que o partido apoiaria a reeleição de Eduardo Riedel. Além disso, Valdemar da Costa Neto disse à reportagem que o apoio do partido a Eduardo Riedel “é óbvio'.

O caso de Contar não é muito diferente de Pollon, mas ele pode ser favorecido por pesquisas eleitorais, caso se destaque no cenário apresentado mais próximo da eleição. Ele não tem a simpatia dos líderes do grupo mais forte da ala centro-direita, comandado por Tereza, Riedel e Reinaldo, mas pode ser beneficiado por uma decisão pragmática. 

Contar e Pollon têm poucos partidos identificados com as pautas que eles defendem, o que torna a candidatura mais difícil. Hoje, Contar está filiado ao PRTB, que segundo ele, lhe garante legenda para disputa, ainda que sem tempo para televisão e recurso público para campanha.

O caso de Pollon é mais complexo, porque precisaria correr atrás de um partido. Os dois já sondaram o Republicanos para possível candidatura, mas esbarram em tratativas avançadas do diretório nacional do partido com Riedel e Reinaldo Azambuja, o que deve fechar as portas em Mato Grosso do Sul. 

A dificuldade e as apostas em um milagre devem deixar a decisão dos dois bolsonaristas para os minutos finais da janela partidária, quando podem até recuar da candidatura, ainda que neguem. Contar afirma que não quer concorrer a deputado federal, onde tem espaço até no PP.

 Já Pollon está tão convicto, que lançou até pré-candidatura da esposa Naiane Bittencourt para deputada federal, apostando que será candidato na majoritária. Entretanto, não diferente de Contar, também pode recuar e disputar o cargo, lançando a esposa para estadual, por exemplo. 


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